MEUS DELITOS NO CAMINHO DE SANTIAGO

ponte romanica

Ultimamente eu estou na maior correria, não tenho conseguido escrever, e justamente nesse momento meu coração está tomado de emoção, pois no ano passado nessa mesma época eu começava o meu Caminho. Parece que foi ontem, entretanto, já se passaram 12 meses, e eu estou aqui dividindo a minha experiência com você e mais milhares de outras pessoas espalhadas pelos 5 continentes! Quando comecei essa história não imaginei que teria tantos leitores espalhados pelo mundo, sempre me incentivando e mandando mensagens carinhosas. É muito gratificante. Mais inspirador ainda, e ver fazendo o caminho, aqueles (a) queridos (a) que me seguiram durante meses, ver o sonho deles se materializando é muito legal. Isso me deixa de verdade muito feliz e me motiva a continuar incentivando cada vez mais pessoas a irem pra Santiago.

Bom, depois dessa nada breve introdução, vamos ao assunto de hoje… Minhas memórias. O fato é que esse momento nostálgico me deu vontade de compartilhar as histórias pessoais que vivi, as pequenas e preciosas lições que aprendi, e as pessoas incríveis que conheci, das quais tenho saudades e esperança de um dia tornar a vê-las. Enfim, a partir de agora vou postar um pouco dessas memórias, assim, de forma despretensiosa e meio sem sequência cronológica, apenas lembranças. Espero que vocês curtam e se divirtam com elas.

Etapa Puente la Reina / Estella

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Em 24 de outubro de 2015, eu estava em Puente la Reina, um pequeno povoado em Navarra, que leva esse nome devido a linda ponte românica, que foi construída no século XI por ordem de uma rainha que ninguém sabe muito bem qual foi. Esse local é emblemático, pois é lá que todos os caminhos provenientes da França se juntam em um só. Fazia frio naquela manhã, cheguei ao bar para o café da manhã por volta das 8:15, ainda estava muito escuro lá fora, e o local cheio de peregrinos conversando animadamente e sem nenhuma pressa, acho que todos estavam esperando o dia clarear.

Encontrei um lugar ao lado do Rocky, já havíamos nos esbarrado antes, mas essa era a primeira vez que conversávamos. Ele me contou que é judeu, vive em Israel e é apicultor, nunca imaginei encontrar um judeu no Caminho de Santiago, aliás, nunca tinha conheci um apicultor! Eu estava super curiosa pra saber mais sobre ele, quando de forma muito gentil ele disse: “Denise, eu poderia caminhar com você? Gostaria de saber mais sobre o seu país e a sua cultura. ” Era exatamente o que eu queria, pois eu estava mais que curiosa sobre ele, afinal eu sou absolutamente fascinada por pessoas com cultura diferente da minha.

Esse era o quinto dia de caminhada, nessa fase, a gente já não sente mais o peso da mochila, ela deixa de ser um incomodo e se transforma em uma companheira, esse detalhe aliado ao papo agradável,  fizeram com que eu nem sentisse o tempo passar, e apesar do terreno constituído por constantes subidas e descidas, eu não usei os meus bastões que estavam presos na mochila. Caminhamos e conversamos por vários quilômetros, Rocky já tinha feito o Caminho de bicicleta, tinha ido até o acampamento base do Everest, e iria completar 60 anos dentro de alguns dias, por isso decidiu fazer o Caminho, para celebrar a vida de uma forma diferente. Como eu suspeitava, uma pessoa incrível, cheia de histórias, e vários ensinamentos espirituais que me fizeram refletir muito. Em algum momento ele decidiu parar para descansar, como eu me sentia muito bem, segui caminhando até que encontrei as três espanholas.

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Conheci Loren, Cruz e Suzana em Saint-Jean-Pied-de-Port no acolhedor albergue Beilari, gostei delas desde o princípio. Essa etapa entre Puente la Reina e Estella é linda, pois passa no meio de vinhedos e pequenos povoados antigos e bem conservados. Por lá não existem cercas que separam as parreiras da estrada, e justamente por isso resolvemos atestar a qualidade das uvas que futuramente seriam matérias-primas para vinhos premiados. Nunca na minha vida eu havia experimentado uvas tão pequeninas e tão doces! Enquanto provávamos essas delícias, uma das três disse com a boca cheia de uvas e as mãos em outro cacho, “devem estar cheias de pesticidas”, mas ninguém deu bola para essa informação.

De volta ao caminho, encontramos um pé de figo, e lá foram as 4 “ver se estavam bons”, se não fosse por elas eu passaria batido, afinal eu nunca tinha visto um figo fora da caixinha de supermercado. Um pouco mais a frente, encontramos uma macieira, carrega de frutas deliciosas, na sequência Cruz encontrou uma castanha que eu não me lembro o nome, essa eu não gostei. Enquanto passávamos por um pequeno povoado vimos um senhor mexendo em sua horta, creio que olhamos à plantação com certa cobiça, pois ele nos deu alguns tomates, ou seja, finalmente comemos algo ganhado e não afanado.

Bem, em tempos de delação premiada, eu espero que a minha confissão espontânea tenha algum valor. E se você estiver passando pelo caminho e ver uma plaquinha com a minha foto escrito “PROCURADA”, por favor me avise.

No final do dia encontramos um rio, e resolvemos molhar os pés. Convido você caro leitor (a) a experimentar a deliciosa sensação que é molhar os pés cansados na água gelada de um rio. Todas as dores desaparecem instantaneamente. Você fica completamente renovado, pronto pra caminhar mais 20km, é muito bom. Entretanto não exagere na dose, não fique muito tempo com os pés mergulhados, para que a pele não amoleça, favorecendo assim o surgimento de bolhas. Depois seque muito bem os pés, calce a sua bota e siga em frente.

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Cruz disse que como estávamos no País Vasco, todas deveríamos ter um nome original da região, e tratou de batizar cada uma com um nome Vasco, eu passei a me chamar Nakane, que segundo ela “¡es un nombre muy fuerte! ”.

As lições que aprendi

Foi um dia incrível, com muita troca cultural, pequenos delitos e muitas risadas. Isso sem contar com experiência gastronômica deliciosa.  E como disse antes, não utilizei os bastões, caminhei o dia todo sem eles. O resultado dessa minha negligencia eu iria sentir pelos próximos 10 dias, meus joelhos ficaram destruídos. Tive que parar um dia para descansar, despachei minha mochila em uma das etapas, comprei um par de joelheiras que me custaram 56 euros e passei a caminhar menos quilômetros.

Aprendi a duras penas que o sucesso do Caminho está nos detalhes, eu estava muito bem condicionada, não sentia dores musculares, tomava muito cuidado com a coluna, pois já tive problemas no passado, cuidava direitinho dos pés para evitar bolhas, me cerquei de cuidados com os problemas que eu imaginei que teria, e fui surpreendida com uma dor que eu não imaginei, e por total irresponsabilidade. Por isso que eu te digo, fique atento a tudo, não negligencie nada, nunca, isso certamente vai fazer você evitar muitas dores.

Faz 12 meses e 5 dias que vivi essa experiência, e agora enquanto eu relembro, tudo voltou de forma tão clara, as expressões de cada uma dessas pessoas que eu mencionei, as paisagens, os sabores, e a dor. Tudo tão nítido que parece que aconteceu ontem. Aquela foi a última vez que vi Rocky, Loren, Cruz e Suzana, e isso aconteceu com muitos outros peregrinos e muitas outras pessoas que cruzaram a minha vida, e algo me diz que isso já aconteceu com você também. Por isso defendo que as relações humanas devem ser intensas, se você quiser dizer algo para alguém, diga, não deixe para depois, pode ser que você não tenha uma nova oportunidade.

Se você quiser conhecer mais histórias de outros peregrinos, eu fiz uma seleção sobre os livros mais interessantes que li a respeito do assunto, e boa parte deles são do tipo memórias, além disso recomendo o post sobre a maior lição do Caminho e os objetos “estranhos” que alguns peregrinos levam na mochila.

Ultreya, suseya y buen camino

 

SE TIVER PIQUE, VISITE

Igreja de Santiago

A porta principal chama a atenção pelos seus ricos detalhes. Construída no final de século XII, os retábulos e alguns ornamentos internos são do século XVIII, fica pertinho do albergue Los Padres Reparadores.

Plaza Julian Mena y “Casa de los Cubiertos”

Do século XVII, trata-se da praça maior de Puente la Reina, conta com um lindo edifício com galerias onde fica atualmente a prefeitura. Você vai passar ao lado para seguir o caminho.

A  Ponte

Famosa pela beleza da sua arquitetura, olhando de frente o efeito visual formado pelo espelho da água é fantástico. Com 122m é formada de sete arcos, sendo que um deles fica abaixo da calle Mayor, românica do século XI, também chama a atenção pela sua conservação. A ponte fica na saída da cidade, na rota do caminho.

 

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19 Replies to “MEUS DELITOS NO CAMINHO DE SANTIAGO”

  1. OI Denise, como vai? moro em Piracicaba, int. de sp. Fiz Piracicaba-Pirapora do Bom Jesus, apenas, 50 vezes. desde 1968 até hoje em 2017. Compostela havia, pois, de cruzar meu caminho… Demorou mas no dia 22 de setembro de 2014 tava eu em Saint Jean Pied Por para compostelar.. que seja esse o verbo.
    Eu gostei tanto e tanto que em 2015, no dia 26 de agosto e eu resolvi começar por Roscenvalles o caminho. Terminei no dia 24 de setembro, justamente qdo eu punha os pés em Compostela, a cidade, vc embarcava em sua peregrinação. Podemos dizer que por um dia estivemos juntos na jornada. Agora em 2018 nvoamente, agosto, estarei em saint jean pied port para, pela terceira vez, peregrinar novamente…. E olha que tenho hj 64 anos. boas pernas e uma vontade imensa… Fiz o caminho todo duas vezes e sequer uma bolha veio me atrapalhar, Mas tomo precauções antes, bem antes.. Se alguém quiser uma sugestão só me escrever e passo a receita infalível. Na minha prieira vez conheci uma Curitibana chamada Denise, como vc… fiz uma macarronada que ela adoou e nunca mais a vi… Aguardo retorno.

    1. Denise Santos says: Responder

      Quem faz o Caminho uma vez sempre volta, não é mesmo? vira um vício. Kkkkkkk Estou louca para voltar, mas esse ano não vai dar, quem sabe no próximo!!! Estou louca para saber sobre as dicas pra evitar bolhas. Conta pra gente…

    2. Oi Esi, como vai? eu pretendo fazer o caminho de Santiago a partir de 15 de março 2018, gostaria de tuas sugestões quanto a precações para evitar bolhas e dores nos joelhos, se devo usar joelheiras ou não, que tipo de capa de chuva devo levar. Obrigado e Abraço
      .

      1. Denise Santos says: Responder

        Oi Renato.
        Primeiramente, um feliz 2018 pra vc. Que legal que vc vai em março, tá chegando heim!

        Aqui nesse link (http://www.santiagodecompostelainfo.com/2016/08/17/comoprevenirbolhas/) vc vai encontrar algumas dicas para evitar e tratar bolhas. Sobre capa de chuvas, recomendo esse post: http://www.santiagodecompostelainfo.com/2016/04/26/o-que-levar-para-o-caminho/ .
        Quanto a dores nos joelhos a resposta é mais complexa. isso porque tudo vai depender do seu histórico, por isso acho que o mais adequado é consular um médico antes de ir, e pedir orientações específicas para o seu caso. Eu tive muita dor nos joelhos devido a uma antiga condromalácia que raramente me incomodava, mas lá no caminho me destruiu. Eu falo sobre isso nesse post aqui: http://www.santiagodecompostelainfo.com/2017/11/01/licaodocaminhoamoraoproximo/
        As dicas que eu acho que servem para todos os casos é levar uma mochila com no máximo 10% do seu peso, usar bastões e tomar cuidado com as decidas, muito mais do que nas subidas, desça sempre devagar para não sobrecarregar os joelhos, e não faça etapas muito longas. se quiser saber mais sobre bastões, tem um post sobre esse item aqui: http://www.santiagodecompostelainfo.com/2016/09/22/bastoes-de-caminhada-importantes/
        Espero ter te ajudado, e se tiver mais alguma dúvida, é só escrever.
        Buen camino.

  2. OLÁ DENISE!
    Mais uma vez, obrigada pelas Dicas e pela qualidade de suas postagens maravilhosas. Gostaria que me ajudasse mais um pouquinho: vi em um comentário anterior, de uma peregrina chamada Chris, uma dúvida sobre a questão dos albergues, e eu gostaria, por gentileza, que você me enviasse por e-mail a listagem dos albergues de SJPP à Santiago com as datas de funcionamento, visto que eu peno em começa o meu caminho no final de setembro/começo de outubro, encerrando no mês de novembro, Além disso tenho um puco de receio de me atrapalhar no Caminho ou não encontrar os albergues, rsrsrsr.

    Mais um dica, Denise: tenho dois amigos que estão indo no início de setembro para o caminho, mas o meu projeto pessoal era fazê-lo individualmente (no caso, para uma maior experiência de autoconhecimento e interação cultural com outros peregrinos) e em outubro. Confesso que minha intuição, não sei bem, me inclina mais para a experiência de ir sozinha. Porém, fico confusa em entender se a ida dos meus amigos é um “sinal” e deve ser aproveitada por mim como uma oportunidade para antecipar a viagem em um mês, e se devo tentar acompanhá-los, visto que isso reduziria um pouco as minhas inseguranças. O que você recomenda? Ainda estou um puco travada para de fato tomar minha decisão e seguir em frente com o Caminho.

    Por fim, gostaria de dizer que falo um portunhol péssimo, quase não falo inglês (estou estudando) e queria saber se isso pode prejudicar minha experiência no Caminho.

    Muito obrigada ela sua atenção e pelas postagens que tanto nos inspiram!

  3. Bom dia, Denise!
    Pretendo fazer o caminho no período de 17/09-16/10 de 2017, inclusive, de tão convidativo o valor da passagem, pensei em comprá-la por esses dias.
    MAS… Estou meio insegura por não ter companhia e pela questão do frio, solidão e risco de encontrar albergues fechados, conforme li em algumas páginas.
    Com sua experiência, minhas inseguranças têm fundamento?
    Abraço!!!!

    1. Denise Santos says: Responder

      Oi Chris,
      A época que você escolheu é muito boa, não é tão frio, apesar que meteorologia é um troço difícil de prever né!
      Eu comecei o caminho em 20/10 e cheguei à Fisterra dia 25/11, já bem perto do inverno, peguei bastante frio na região da Galicia, mas nada que alguns minutos de caminhada não resolvesse. Como vc vai antes, não creio que terá problemas com isso, mas logicamente que deverá levar uma blusa de fleece e uma jaqueta impermeável, para se proteger dos ventos e neblinas que nessa época costumam aparecer.

      Alguns albergues fecham a partir de 30/10, como vc vai antes, será super tranquilo. E mesmo assim, os municipais sempre estarão abertos. Eu não tive problema com isso, apesar de muitos locais estarem fechados, a quantidade que estava aberta era mais que suficiente para abrigar o fluxo de peregrinos existente.

      Setembro é uma das melhores épocas para se fazer o caminho, justamente por causa do clima, por isso muitas pessoas faz nessa época, devido a isso, não creio que será um caminho solitário, a menos que você queira. Tenho certeza que você vai encontrar muita gente bacana pra te fazer companhia.

      Pra te deixar mais tranquila, mandei em seu e-mail uma relação de albergues do Caminho Francês, que me deram na Oficina de Peregrinos de Saint-Jean-Pied-de-Port, nessa lista tem uma coluna com as datas que esses estabelecimentos fecham. Além dos albergues da lista, no caminho existem muitos outros, mas já dá pra vc se basear. Existe um aplicativo chamado Albergues de los Caminos de Santiago que vc também poderá consultar. Além disso. não deixe de ler os posts sobre o que levar para o caminho:
      http://www.santiagodecompostelainfo.com/2016/04/26/o-que-levar-para-o-caminho/
      http://www.santiagodecompostelainfo.com/2016/06/30/improvisacoes-para-fazer-no-caminho/

      Se gostar de ler, eu fiz um post/resenha sobre alguns livros bacanas sobre o caminho: http://www.santiagodecompostelainfo.com/livrossobreocaminho/

      Espero ter te ajudado.

      Buen Camino.

      1. Muitíssimo obrigada, Denise!
        Você me passou a segurança necessária para apertar o ‘COMPRAR’, e essa noite meu nome já irá constar na lista de reservas…
        Não tenho palavras pra te agradecer. Sua gentileza e presteza já fazem parte das belezas do meu caminho!!!!
        Grande abraço!

        1. Denise Santos says: Responder

          Fico feliz em poder ajudar. Quero ver as fotos heim! Você está comprando por qual site?

          1. Pela decolar, no valor de R$ 2.133, já com as taxas.
            E sobre as fotos, será um prazer compartilhar com você!

          2. Denise Santos says:

            Legal! Tá muito bom mesmo.
            Se der, acesse o Decolar através do banner que tem no meu blog, assim vc me dá uma forcinha.

            Buen camino.
            Denise

          3. Denise, desculpa! Só li sua resposta agora e já havia efetuado a compra…
            Mais uma vez, obrigada por tudo!!! E quando precisar do que quer que seja aqui do meu Ceará, conte comigo!
            Abração

          4. Denise Santos says:

            Sem problemas, que bom que vc comprou.
            Forte abraço.
            Denise

          5. Denise Santos says:

            Sem problemas. 🙂

    2. oi… essa época é ótima. estive por duas vezes nessa mesma época. e mesmo no verão topei com temperaturas de 36o. e dias depios.. 5o… isso independe. força e vá nessa. tenha um buen camino. abraços. esiopoeta@bol.com.br

  4. Gloria Artigas says: Responder

    Denise, que lindo, já imagino estar lá , 23 de maio 2017, estou subindo ao avião rumbo
    a Madrid, estou ansiosa. Quando aparece teu nome em minha lista de mensagens é a primeira
    que abro sedenta de noticias do Caminho. Obrigada!! por teus lindos relatos. Bjs.

    1. Denise Santos says: Responder

      Que legal Glória! Um dia ainda farei o Caminho nessa época, deve ser lindo. Vou esperar o seu relato heim! Obrigada pela mensagem carinhosa.

  5. Ahh Denise deve que lindo post!!
    Tão nostálgico….. deve dar uma vontade de estar la….
    Nem fiz o caminho e já sou beneficiada por ele por conhecer pessoa tão maravilhosa como você!
    Carinhoso beijo
    Musa

    1. Denise Santos says: Responder

      Ahh Musa…Eu é que sou abençoada por conhecer alguem como você.
      (Intente leer la versión en español: http://www.santiagodecompostelainfo.com/es/)
      Tô pentelha!kkkkk

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